Meio século de bandeirismo

Paranapanema, como Santo Inácio e Loreto só foram ocupadas pelos paulistas nesse ano; o Itati, com o burgo castelhano de Santiago de Xerez, só foi tomado, pelos paulistas, em 1633 nos seus meados, sendo que, para atingi-lo, era preciso passar por Ciudad Real, que assim se faz mister haja sido ocupada antes pelos paulistas. O chefe dos paulistas teria sido, então, o Capitão Simão Álvares com todas as probabilidades.

22º - Em 1635 teve início a luta contra os índios do Rio Grande do Sul, pela bandeira marítima de Aracambi. Os documentos por mim exibidos evidenciam isso. Eu estou mais pela hipótese de que teria sido o Rio Grande o atacado porque existe um mapa da época, constante do Padre Teschauer, na sua História do Rio Grande do Sul, reproduzido pelo Gal. Tasso Fragoso na sua Batalha do Passo do Rosário, o qual se refere ao Rio Grande como sendo o Guaíba. Por outro lado, Laguna, em Santa Catarina, não deveria ter sido o puerto dos Patos e do Rio Grande, porque aí não há rio nenhum de grande porte.

Em 1636, teve lugar o ataque dos paulistas contra os estabelecimentos jesuíticos do Tape, com a bandeira de Antônio Raposo Tavares, que esmagou a redução de Jesus Maria, a qual, segundo o Padre Teschauer, foi destruída em 1637, mas, em outra passagem de seu trabalho, ele diz que foi em 1636. Há um documento referente a M'Bororé reproduzido pelo Prof. Taunay (História Geral, vol. II, 323) que, ligando mais uma vez o nome de Raposo ao da redução de Jesus Maria, confirma o feito.

23º - Em 1637, a bandeira chamada dos Buenos esteve no Rio Grande do Sul, coincidindo a sua localização no Rio Taquary, com uma assinalação do

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