Vultos do Império

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O "Cabugá", de revolucionário a diplomata

(1817/1833)

I - HIPÓLITO DA COSTA E O "CABUGÁ"

No ano de 1957 apareceram dois excelentes trabalhos biobibliográficos referentes ao primeiro jornalista brasileiro e à notável revista que de 1808 a 1822 regularmente publicou em Londres. Intitularam-se, ambos, Hipólito da Costa e o Correio Brasiliense, sendo de autoria de Carlos Rizzini e Mecenas Dourado. No título apenas se distinguem por ter o primeiro conservado o z do nome original do Correio Braziliense ou Armazém Literário. No conteúdo muito se diferenciam, inclusive por terem sido diversos os setores em que, para sua elaboração, pesquisaram os respectivos autores.

Não deixaram, evidentemente, de assinalar as últimas atividades de Hipólito José da Costa Pereira Furtado de Mendonça a serviço do Brasil, a princípio auxiliando o marechal Felisberto Caldeira Brant Pontes, o futuro marquês de Barbacena, em suas tentativas para a obtenção do reconhecimento de nossa Independência por parte da Inglaterra, depois como encarregado de negócios, embora ainda sem caráter oficial. Não chegou, porém, a receber a nomeação de cônsul-geral, no Rio de Janeiro assinada por d. Pedro I a 20 de setembro de 1823, por ter falecido no dia 11 do mesmo mês, aos 49 anos de idade.

A propósito, citou o professor Mecenas Dourado uma carta de Hipólito a Antônio Gonçalves da Cruz, desde 15 de janeiro de 1823 nomeado cônsul-geral do novo Império do Brasil nos Estados Unidos da América, com residência em

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