só tinha que auferir os proventos dessa terra rica e dessa gente tão simples.
E se "no 1º século Portugal fez o Brasil, no segundo o defende, no terceiro vive dele", redobra por isso mesmo de precavida vigilância e se refina em cuidados que lhe assegurem os fins. A política econômica adstrita ao egoísmo, na ânsia de máximos proveitos e mínimas possibilidades de melhoria da América portuguesa e que não redundassem em vantagens imediatas para o reino, mantinha-se inalterável, sob o absoluto controle dos armadores continentais, dos concessionários dos estancos, dos contratadores que estorquiam somas consideráveis do Brasil, recolhendo contribuições preestabelecidas aos cofres, cada vez mais exangues, do erário reinol. Não bastavam, entretanto, à tesouraria real; e se criavam novas formas de taxações, porque às necessidades administrativas da colônia eram insuficientes os impostos que se cobravam. Para evidenciar essa escorcha fiscal, basta examinarmos a relação dos impostos, extraídos de um documento(1) Nota do Autor da época das capitanias; majorados: a vintena - parte liquida paga pela exportação do pau-brasil; o quinto - sobre pérolas, pedras coradas, ouro, aljofar e qualquer metal; a dízima