dizer aos outros = La vai o Gomes nosso amigo =, e logo vir ter com elle e conversar por algum espaço, que despois veio a manifestar-se ser a respeito da obra de dous calçoens, de que o dito João de Deos se tinha encarregado, e lha demorava, como este se não atreveo a negar nas suas respostas, e se comprova pelo juramento do preto livre Manoel de S.ta Tereza, da caza do sargento Joaquim Antonio, onde actualmente morava o R, e que na manhã seguinte de Domingo se achava na tenda do referido João de D.s à espera dos calçoens, sendo prezo a esse tempo juntamente com os mais que ali forão encontrados, como se vê de seu juramento appenso às preguntas deste R n. 12. Da mesma indiscreta familiaridade tambem rezultou (segundo o depoimento do correo João de Deos nas suas preg.as n. 93 § quarto) ter este o punivel arrojo de commonicar ao d.o Ten.e, que o correo Lucas Dantas possuía certa lista de confederados p.a uma disposta conjuração e levante, na qual elle se incluia e o sargento Caetano d'Oliveira seu tio, de cuja participação (continua) justamente inflamado o R, lhe pedira q. o levasse a caza do correo Lucas Dantas, com a protestação de q. lhe meteria a espada pela bocca, e que hindo com efeito, despois de o constranger a apprezentar a indicada lista, a não acabara de lêr, antes o reprehendera, querendo té dar-lhe e advertindo-o, de que rompesse, e queimasse aquelle papel, porq. se tivesse noticia, q. tratava de semilhante negocio, o faria gravemente punir: e posto que o correo Lucas Dantas refira este mesmo facto, com circunstancias aggravantes, querendo pelo contrario persuadir, que este R o procurara na companhia do correo João de Deos, para saber do estado do levante; que o approvara e advertira sobre a gente da lista, ser esta pouca p.a à ação intentada, dependente de muitos braços; e que cuidasse em os conseguir; e accrescente outrosim, que este R. era hum dos mais interessados na empreza, por admittir na