O problema nacional brasileiro: introdução a um programa de organização nacional

vizinho no solo e confrade na língua, deixando-nos inebriar por estímulos nus de senso e vazios de naturalidade. Assim também a solidariedade americana, a afinidade da raça latina, o espírito, sentimento, interesse, ou caráter sul- americano.

E se, como sentimentos para com as pessoas e para com os povos, estas hipérboles nada dizem de sincero, porque dizem cousas que excedem das fronteiras do senso, exprimem apenas, nas relações políticas, inadvertências juvenis do critério.

A síntese da política internacional brasileira pode ser resumida nestes breves termos. No continente americano, a identidade da evolução política e das instituições sociais impõe a todos os países uma política de paz. Na prossecução desta política, os Estados Unidos têm direito, por sua posição internacional, pela iniciativa na realização de ideias liberais comuns e pela prioridade no serviço da paz, à direção do continente; esta aproximação pode ser estendida a outras nações, sem, contudo, formar-se partido, ou aliança internacional, cousa incompatível com a própria ideia da paz. A vizinhança impõe-nos cuidados de cortezia e de prudência e ânimo de transação, nas relações com as nações contíguas; interesses políticos

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