e elementar confronto do homem primitivo com o selvagem de hoje e com o ária, do ária com o negro ou com o índio civilizado, do negro ou o índio civilizado com o branco civilizado, de uma uniforme aptidão para receber costumes, sentimentos e ideias; para não ver que, por toda parte, o indivíduo civilizado é o mesmo, na moral e na inteligência; que o homem primitivo, tendo evoluído em diversas direções, a civilização o conduz para o mesmo nível de aperfeiçoamento.
Nascida às margens do Mediterrâneo, a civilização teve início, como vimos, com uma raça que ninguém confundiu ainda com o heroico privilegiado do norte, os egípcios; passou por povos, inteiramente eliminados do seio dos filhos dos deuses, os semitas; floresceu e floresce em regiões jamais perlustradas pelo pé do ária, as dos povos de origens mongólicas e polinésicas, da China e do Japão. Só com argumentos um tanto hiperbólicos se poderia sustentar que as raízes árias do grego e das línguas latinas correspondem com exatidão aos glóbulos de sangue da maioria de quantos povos inundaram as duas penínsulas das civilizações clássicas; só olhos realmente prevenidos podem recusar, na Europa, a finlandeses, magiares e outros descendentes de invasores amarelos — aptidão para a civilização e para a cultura.