O problema nacional brasileiro: introdução a um programa de organização nacional

Em nossa população mista o grupo de origem alemã representa parcela reduzida; o sangue holandês do norte diluiu-se nos cruzamentos; à maioria latino-celtibera, ligeiramente tinta de germânico e um pouco mais de mouro, juntam-se uma boa fração africana, outra indígena, e muitos cruzamentos.

É esta a pátria pela qual temos de lutar. É a pátria de nossos pais, a pátria de nossos filhos. Se fôssemos fiéis de algum mitho cósmico, poderíamos prender nossos afetos e esperanças ao esqueleto territorial da pátria e... laisser faire, laisser aller, laisser passer, certos de que a providência, ou a evolução viria trazer-nos, mais cedo ou mais tarde, para vestir os ossos nus da terra natal, a carne pura e o sangue rico do ária. Se nos deixássemos dirigir por qualquer adoração mística, confiaríamos à fé simbólica, ou mágica na bandeira, ou no hino nacional a missão de prescrever nossos destinos e dispor de nosso futuro. Mas nós somos um povo inteligente e sensato como poucos; podemos confiar às qualidades que honraram os próceres da nossa história e distinguem a nossa geração a missão de defender, preservar e melhorar um trecho da Terra e uma sociedade, que representam, justamente pelos caracteres de sua formação, o tipo mais aproximado

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