Não há posição mais arriscada do que esta, na questão dos cruzamentos.
E cumpre acentuar ainda aqui um outro grave equívoco, em que caem frequentemente os que se referem, entre nós, a este assunto. É preciso não confundir o cruzamento étnico com as uniões entre indivíduos da mesma raça a título de aperfeiçoar a descendência com a compensação de elementos hereditários que favoreçam disposições progressivas e neutralizem ou combatam tendências retrogressivas ou de degeneração.
Os fatos biológicos são distintos, no caso de hereditariedade étnica e no da simples hereditariedade fisiológica. Aconselhar o cruzamento de indivíduos de raças diferentes, para corrigir, ou para evitar diversas tendências ou disposições patológicas ou degenerativas importa confundir problemas distintos: a hereditariedade étnica tem condições e obedece a processos peculiares; se a união de indivíduos normais com indivíduos predispostos à moléstia ou à decadência orgânica é um dos meios de regeneração fisiológica da estirpe, não é possível dar por assentada a ideia de que estas uniões devem, ou podem, consistir em cruzamentos entre indivíduos de raças diferentes. E isto porque se o indivíduo de uma das raças for fisiologicamente mais são, a vantagem do cruzamento