aos brasileiros. Entre as leviandades que um ceticismo de infantil imitação e uma espécie de inconsciência nacional puseram em circulação e alimentam na vida mental brasileira, uma das mais nocivas e deprimentes, é o hábito de menoscabar do nosso sangue, de depredar a nossa idoneidade física e moral, de nos dar por um povo degenerado, corrompido, em franco estado de abatimento corpóreo e mental. Não há nada mais falso: o Brasil sofre todas as crises de uma sociedade nova, formada, por um povo estranho, em território diverso do de sua origens, que até hoje não fundou as bases da sua adaptação à terra e não organizou a sua vida: eis as causas do seu atual estado, agravadas por um acúmulo de crises, nossas e alheias. Não o podia fazer, antes de surgir a consciência do problema nacional e da sua orientação. Se há sinais de algum enfraquecimento na principal raça colonizadora, a portuguesa, e nas outras que contribuem, em menor escala, para a formação da nacionalidade; se a raça preta e os indígenas civilizados parecem, também, depauperados, resulta isto, quanto aos brancos, em pequena parte, do processo de acentuação, naturalmente deprimente enquanto faltam elementos acessórios de acomodação mesológica, de higiene e de alimentação, e, para estes, como para os