consiste na arte de conservar, de obter e de aumentar riquezas. Tal é a política ofensiva de outros povos, tal precisa ser a nossa política defensiva.
Obter, conservar e aumentar riquezas é, contudo, um vago objetivo, que não prescinde de explanação.
A Terra tem sido presa de um único móvel de obtenção de riquezas: a ambição individual. Toda a vida econômica dos povos gira em torno da cobiça de cada um, e a soma das cobiças pessoais forma a vida econômica coletiva. Resultam daí consequências que é imprescindível registar, quando se trata da riqueza de uma nacionalidade.
As riquezas naturais, sob quaisquer formas, são patrimônio do povo que habita o território nacional; mas os indivíduos que têm a propriedade do solo e do subsolo julgam-se, e o são quase sempre, em direito, senhores de suas riquezas. Cada indivíduo e cada geração dilapidam, assim, em proveito próprio, fontes preciosas de imensos valores. Os homens de ciência, na Europa, já consideram um problema a resolver o da substituição da hulha por outro produtor de força motriz.
O homem tem sido um destruidor implacável e voraz das riquezas da Terra. Toda a vida histórica da humanidade tem sido uma vida de devastação