e de esgotamento do solo, de incêndio de tesouros e de florestas, de saque de minérios ao seio da terra, de esterilização da sua superfície. A exploração colonial dos povos sul-americanos foi um assalto às suas riquezas; toda a sua história econômica é o prolongamento deste assalto, sem precauções conservadoras, sem corretivos reparadores, sem piedade para com o futuro, sem atenção para com os direitos dos pósteros.
Assombrados com essas vastas e, por vezes, insanáveis lesões à natureza, com o desvio e perda de tantas forças naturais, com as alterações do clima e com os acidentes meteóricos, resultantes da desastrada exploração da Terra, os povos previdentes, como os ingleses, na Índia, os canadenses, os americanos, em vários de seus Estados, começam a fazer a polícia de seus bens naturais e a reconstruí-los. O reflorestamento das regiões desbastadas é, aliás, um velho costume europeu.
No Brasil, onde a população e, igualmente, a riqueza não têm crescido em progressão igual à dos Estados Unidos, seria de elementar prudência que os poderes públicos procurassem suster a devastação das matas, feita, às vezes, para o nefasto desenvolvimento de culturas extensivas, outras com o único propósito de extração de madeiras