e pela cobiça dos colonizadores possui uma grande força civilizadora: a falta de tradições e de instituições aristocráticas, de espírito de hierarquia, de tendência para a disciplina e para a autoridade. E traz, com um vício orgânico, uma fonte provável de ruínas e de desordens futuras: a vasta propriedade territorial, a exploração senhorial da terra, o estímulo de intensa exploração que animou seus primeiros habitantes e anima os de hoje. Se os homens de estudo e os homens de Estado compreendessem o problema da evolução humana e a sua inevitável diretriz teriam realizado o encaminhamento para o progresso, segundo a fórmula do individualismo de Adam Smith, pela organização e distribuição do trabalho; teriam fundado, no solo americano, uma civilização, onde a reação socialista seria exótica, porque o socialismo não é senão o refluxo das leis econômicas contra a interpretação do individualismo pela predominância do capital. Mas os homens de saber e os homens de governo preferiram divagar, nos cenáculos literários e nas academias, repetindo, em nosso meio novo e virgem de estudo, os mesmos debates, as mesmas pesquisas curiosas, as mesmas teses teóricas, d'além-mar; e, enquanto isso, os espíritos práticos fundaram a vida factícia que levamos, onde forças mínimas de escasso capital,