mas a força não admite o contraste, nos julgamentos que instaura, e em que se arvora juiz final, de arma em punho. Processa, julga e dita a sentença. Ora, o que se passa no Brasil, e que está em contraste flagrante com a nossa índole, seria de ordem a dar visos de justiça à sentença que nos condenasse por indignos da guarda do nosso patrimônio e da nossa soberania política. Um povo que renuncia à gestão de seus bens, para confiá-la a mãos estrangeiras, que desiste da capacidade econômica e social não pode prezar sinceramente a capacidade política. A liberdade não se divide. Desistir da parte da liberdade que interessa ao trabalho, à energia e à força produtiva, ao zelo e estima pelo patrimônio, ao interesse pela conservação e pela melhor exploração da terra que pertenceu aos pais e deve pertencer aos filhos, e pretender conservar a liberdade política importa fazer-se parasita na própria terra, comprar o ócio à custa da miséria da prole.
Há um dever de lealdade nacional, de fidelidade ao amor pelos irmãos na raça, na língua, na religião, no solo natal que é a primeira e a mais íntima virtude do selvagem. A justiça da ambição e da força é implacável para com os povos que concedem tais argumentos às opressões regeneradoras...