O problema nacional brasileiro: introdução a um programa de organização nacional

fantasias do inflacionismo e da especulação, as nossas eternas lutas, aéreas e estéreis, de partidarismo, e não menos frequentes agitações políticas sem objetivo, por doutrinas e ideais sem base real, são experiências que nos passam pelos espíritos sem deixar a menor impressão educativa.

Da incapacidade para observar e adquirir a experiência dos fatos damos prova na simplicidade com que insistimos na política de colonização, apesar da prova evidente de seus desastrosos resultados, dada pela nossa observação, e até da lição política de outros governos, como por exemplo, a do governo italiano. Depois das famosas reclamações que deram lugar à célebre questão dos protocolos, da resistência do governo italiano à emigração para o Brasil, e da missão, em nosso país, do ministro Antonelli — o mesmo eminente diplomata que havia iniciado, na Abissínia, a política de expansão colonial da Itália —, tínhamos dados bastantes para compreender que ao interesse que levava a Itália a fundar estas possessões correspondia idêntico interesse nosso em evitar a perpetuação do sistema colonial, na organização do trabalho agrícola.

Assim também deixamos de ver, na aplicação que fez o governo dos Estados Unidos da lei

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