com um dístico no braço, no qual estava a divisa "Independência ou Morte", preso por um laço de fitas das duas novas cores, verde e amarelo.
Partindo para o Rio de Janeiro a 9 de setembro, chegando à capital à noite de 14, sábado, em viagem, para a época, muito rápida, — nos dias seguintes começaram a aparecer as medidas resultantes da nova situação, inclusive as relativas às cores nacionais, o verde e o amarelo, conforme resolução do Conselho de Procuradores Gerais das Províncias, tomada a 16 do mesmo mês. Providências, estas, rubricadas por D. Pedro ainda como "Príncipe-Regente", referendadas pelo Ministro de Estado dos Negócios do Reino do Brasil e dos Estrangeiros, José Bonifácio. Assim, datados de 18 de setembro, são os dois decretos criando o Laço ou Tope Nacional Brasiliense, o escudo de armas e a Bandeira Nacional. Mencionaram, ambos, as "cores emblemáticas — verde de primavera e amarelo d'oiro", embora sem explicar as origens que lhes são atribuídas — verde da Casa de Bragança, de D. Pedro, amarelo da Casa de Habsburgo-Lorena, de D. Leopoldina.
Embora, quanto à respectiva elaboração, seja habitualmente citado o nome de José Bonifácio, a propósito da Bandeira deve ser acrescentada a participação inicial, embora errônea e corrigida por aquele, de Joaquim Gonçalves Ledo, de acordo com o depoimento, que revelamos, do deputado da Junta Diretória da Tipografia Nacional que deu pelos erros heráldicos deste, e conseguiu que fossem a tempo corrigidos, o Cônego Francisco Vieira Goulart(1) Nota do Autor.
Do Reino ao Império
Datando a Independência do dia 7 de setembro, somente a 12 de outubro seguinte teve início o Império do Brasil, pois nesse dia teve lugar a Aclamação do ainda Príncipe-Regente D. Pedro como nosso primeiro Imperador Constitucional, aliás, no mesmo dia em que completava vinte e quatro anos de idade.