uma insinuação injuriosa que lhe fizera Rui Barbosa, ex-Ministro da Fazenda.
Também leu e anotou a nova Constituição do Brasil.
Da política interna, registrou o desgosto de paulistas como Prudente de Morais, Campos Sales, Glicério e Morais Barros, pela nomeação, pelo Ministro Barão de Lucena, de governador para São Paulo.
Começou a escrever trabalho sobre as povoações brasileiras de nomes tirados aos idiomas indígenas, do português, francês, espanhol e de línguas asiáticas e africanas. Talvez o continuasse, acrescentou.
Como era natural, também acontecimentos franceses teriam de aparecer nos Diários de D. Pedro II. E, além dos científicos, os literários. Estranhou, por exemplo, que mais uma vez fosse Émile Zola candidato à Academia, devendo ser eleito Henri Bornier. O romance Paulo e Virgínia declarou ter lido três vezes, a última aos sessenta anos de idade.
Mais movimentado foi o período registrado no Diário n.º 39, de 27 de abril a 12 de junho de 1891, pois nele viajou a Marselha, Paris, Versalhes, Dusseldorf, Colônia, Charleroi, Liège e Vichy. Foi à Alemanha para assistir a casamento na família Krupp.
Deu aulas de História do Brasil às filhas do Conde de Mota Maia, servindo-se, a princípio, das Lições de Joaquim Manuel de Macedo, depois da História Geral, de Varnhagen, e da História de Southey, sem esquecer viajantes pitorescos, como Hans Staden. Sobre a Guerra do Paraguai, leu o livro de Jourdan, que lhe ofereceu oportunidade para elogiar o General Osório, que disse ter conhecido em 1845, quando pela primeira vez foi ao Rio Grande do Sul. Também elogiou o Arcebispo do Salvador, D. Antônio de Macedo Costa, Bispo do Pará por ocasião da Questão Religiosa. A 11 de junho não deixou de mencionar a Batalha de Riachuelo, que, a seu ver, salvou Buenos Aires.
Quanto a notícias do Rio de Janeiro, reputou fracos alguns artigos de Rodolfo Dantas e Joaquim Nabuco, aparecidos no