D. Pedro I e D.Pedro II – acréscimo às suas biografias

Santos, com o Dr. Iseu de Almeida e Silva, casado com uma neta de Silva Costa, aqui nos servimos, para extratar as referidas notas.

São estas, na "Introdução", às vezes de caráter supletivo do texto de Pereira da Silva, ou corrigindo-o em pequenas coisas, inclusive quanto ao estilo. Assim, quando o autor registrou que a poesia "resvala do vagido da criança", sublinhou o Imperador a impropriedade do verbo. Quando citou o "Marabata" (sic), deu sua tradução: "Maha-barata — Grande livro". Enganando-se o Conselheiro quanto aos séculos em que viveram Dante, Camões, Tasso e Milton — corrigiu-os. (Não era D. Pedro II como aquele outro Chefe de Estado brasileiro e acadêmico que leu e permitiu que publicassem ter sido Gonzaga do século XVII.) Também não deixou de anotar o exagero do autor ao marcar que o zimbório da igreja de São Pedro, em Roma, "atravessa audaciosamente a abóbada celeste".

O mesmo fez, já no capítulo sobre Homero, quanto à asserção de falarem áticos, aqueus, beócios, eólios e dórios "diversos idiomas". Colocou dubitativo ponto de interrogação junto à afirmativa de que "tanto troianos como gregos descendiam do mesmo tronco". Apoiou, porém, como um "Assim é" — a hipótese de ter Homero nascido mais provavelmente em Esmirma que na ilha de Quios. Assinalou, à margem, o trecho em que foram postas em relevo as diferenças essenciais da Ilíada e da Odisseia.

Registrando Pereira da Silva que nesta última fala Homero de correspondências escritas, registrou o Imperador: "Na Ilíada (segue-se uma palavra ilegível) parece falar de escritos. Ver a obra de Gladstone sobre a época homérica". Mais adiante a ela novamente se reportou, a propósito do valor dos poemas de Homero para que se conheçam o politeísmo grego, suas tradições e a própria civilização, através das descrições de palácios, ornamentos, objetos de arte, navegação, comércio, indústria, usos e tendências, que abundam nos dois poemas.

Lembrando o autor que "nas composições castelhanas anteriores ao século XVI se mistura muitas vezes a linguagem

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