teria sido causada pelo receio de a afligir — o que decerto é muito mau cálculo, pois que deixa o coração de uma mãe entregue a mil conjuturas (sic), sempre dolorosas; enfim, está passado o incômodo e, o que cumpre, é que a Senhora recomende ao José Manuel que não seja tão madraço. Eu, de sua parte lhes preguei um pequeno sabonete; mas a preguiça nunca deixa de encontrar desculpas.
"Estimo que tenha passado bem, assim como toda a sua família, e que acredite na amizade de seu antigo educando
"D. Pedro 2º"(30) Nota do Autor.
Para que se avalie a intensidade dos sentimentos por D. Pedro II dedicados à "Dadama", como a chamava em criança, convém que aqui se reproduzam os termos com que a ela se referiu muitos anos depois, em 1890, ao dar pêsames ao Barão do Rio Branco pelo falecimento da mãe deste, a Viscondessa do Rio Branco:
"Não conheço maior dor que a perda de nossa mãe, embora não a sentisse d'Aquela a quem devo a existência, senão pelo que outros dela me referiram, experimentando-a, contudo, tão profunda, creio eu, quando faleceu Quem como tal consagrava-me seu amor, podendo eu ainda antes beijar-lhe a mão"(31) Nota do Autor.
À procura de educadora para as filhas
D. Pedro II, tendo perdido em tenra idade os dois filhos varões que resultaram de seu casamento, foi, como D. Pedro I, pai muito dedicado às duas filhas nascidas em 1846 e 1847, D. Isabel Cristina e D. Leopoldina Teresa.
Quando chegou a época de obter, para as Princesas, uma preceptora que lhes acompanhasse a educação, muito se preocupou