"Não reagir. Não atender aos pedidos das Mesas para tropas, senão quando a segurança pública o exigir, e, mesmo neste caso, deve o governo, por mais vigilante, quase sempre ter a iniciativa. Recomendar a maior atenção ao processo da eleição, protestando logo que se dê o menor abuso. Haver da parte das Mesas tal escrúpulo(40) Nota do Autor no cumprimento de seus deveres, evitando até a aparência d'abuso e consentindo a maior fiscalização da parte dos adversários. Qualquer deputação, contanto que se apresente decentemente, sem ser acompanhada de populaça, será por mim recebida, prevenindo-se na execução desse preceito a menor violência. Nunca se deve preterir a arma da persuasão. Convém que todas as acusações feitas pela imprensa sejam devidamente respondidas, pois que desejo por todos os meios conhecer a verdade. A guarda das urnas deve ser feita pelos próprios partidos e nunca abandonar. Ter o maior cuidado em evitar as prisões que sempre dão lugar a conflitos. Fazer toda polícia por meio de pedestres ou guardas disfarçados, que não devem ser, ao mesmo tempo, passadores de listas, ou intervir de outro modo na votação"(41) Nota do Autor.
O Príncipe de Joinville no incidente "Cormoran"
Muitas são as revelações que podem apresentar os documentos contidos no Arquivo da Família Imperial do Brasil, por sua generosa doação hoje pertencente ao Museu Imperial, de Petrópolis. Às vezes se contêm em simples folhas soltas de papel, entretanto redigidas pelos próprios soberanos brasileiros, conforme é fácil identificar.
Uma, até agora não aproveitada pelos autores que têm tratado do incidente com a Inglaterra, provocado pelos tiros dados pela Fortaleza da Barra de Paranaguá, em julho de 1850, contra o cruzador "Cormoran", em represália à sua entrada naquela baía, em captura de navios tidos como negreiros, terá sido