de uma expedição militar francesa a Portugal, a fim de obter a derrota de seu irmão.
Não chegou o Imperador a apresentar à Assembleia aquele pedido de licença, de cujo indeferimento teria provável conhecimento, se previamente o submetesse ao Conselho de Estado. A notícia da consecução de seu difícil segundo casamento, recebida em julho daquele ano, alteraria por algum tempo os seus planos. A chegada ao Rio de Janeiro, em outubro, de seu embaixador em missão especial, o Marquês de Barbacena, trazendo de volta da Europa a Rainha-menina e, em sua companhia, a nova e bela Imperatriz, a jovem D. Amélia de Leuchtenberg, faria com que pelo menos durante algum tempo não pensasse em viagem ao Velho Mundo, com aquele fim.
Pretendendo ressalvar os direitos políticos da filha, garantindo-lhe, pelo menos, uma aparência de poder, criara, em junho, uma Regência em seu nome, com sede na ilha Terceira, nos Açores, arquipélago que permanecera fiel à causa constitucionalista, contra a do absolutismo. Em dezembro, para melhorar a situação política do Brasil, chamou ao Ministério o Marquês de Barbacena. Apesar disso, quando, depois da abdicação, deitou Manifesto contra o "ex-Pedro Primeiro de execranda memória", declarou o pasquineiro Francisco das Chagas de Oliveira França, em seu Tribuno do Povo, que ele, em 1829, "celebrou tratados secretos com Carlos décimo, Polignac, Fernando, Meternic (sic) e tramava nos clubes com Chalaça, José Clemente e outros"(7) Nota do Autor.
Parecia assim amortecida ou, pelo menos, adiada, a obtenção de uma saída para a questão dinástica portuguesa. É provável que o governo inglês tenha tido conhecimento, naquele ano, do projeto de D. Pedro, de consecução de apoio militar da França contra D. Miguel. Embora tenha reconhecido D. Maria como legítima soberana de Portugal, talvez por aquele fato em fins desse ano pretendeu reconsiderar a sua posição diante do antigo aliado peninsular, nesse sentido se manifestando por meio de um memorandum de Lord Aberdeen, em fevereiro