governo do Rio de Janeiro não pôde responder senão com a declaração de guerra ao de Buenos Aires, logo que na assembleia reunida em Florida se determinou a anexação do Uruguai às Províncias Unidas e estas a aceitaram.
Hostilidades de parte a parte, a princípio ainda de pequeno vulto, culminaram, nos dois anos seguintes, com o efetivo bloqueio do porto de Buenos Aires, a despeito de inúmeras dificuldades mantido pela esquadra imperial. Destruídos, sucessivamente, os principais vasos de guerra que conseguiu armar a futura Argentina, respondeu esta com o patrocínio de ativa campanha de corsários, que logo se tornou lucrativo negócio para estrangeiros sem escrúpulos. Em terra, embora dominassem os imperiais todas as praças uruguaias de certa importância, pequenos encontros nem sempre foram favoráveis às suas armas.
A entrada de um exército argentino em território brasileiro e o choque incompleto ocorrido no Passo do Rosário, em fevereiro de 1827, não tiveram outras consequências senão mostrar que ambos os contendores não estavam em condições de resolver prontamente a pendência, chegando as Províncias Unidas, logo depois, a solicitar a paz, mesmo com prejuízo da independência da Cisplatina.
Assim, depois de um período caracterizado pela ausência de operações de importância, surgiu a mediação inglesa em 1828, transubstanciada na paz sem vitória, com a formação de um estado-tampão, nem brasileiro nem argentino, a República Oriental do Uruguai, de cuja independência o Império e as Províncias Unidas se constituíram fiadores.