3 - CAMPANHA MILITAR CONTRA ORIBE E ROSAS (1851-1852)
Atendendo a um pedido do governo uruguaio, no sentido de lhe ser concedido o auxílio brasileiro na repressão à revolta chefiada pelo caudilho Oribe, sustentado por Rosas, ditador da Argentina, o que diretamente ameaçava a sua independência, com ele e os governadores das províncias argentinas de Entre-Rios e Corrientes celebrou o Império um convênio, em maio de 1851.
A seguir, atravessou a fronteira do Estado Oriental um exército brasileiro, comandado pelo Conde de Caxias, cuja simples aproximação fez com que se entregasse Oribe a Urquiza, o governador de Entre-Rios.
Restava, porém, a segunda parte da empresa, que era a destruição do principal sustentáculo de Oribe e da perturbação da paz no Rio da Prata, isto é, Rosas, o ditador argentino. Convém notar, ainda, que o problema das comunicações com a província brasileira de Mato Grosso, então quase exclusivamente por via fluvial e platina, não poderia ser visto em termos de estabilidade enquanto perdurasse a má vontade de Rosas relativamente ao Império, patenteada em incidente diplomático que datava de 1843.
Assim, tendo em vista todas essas circunstâncias, segundo convênio firmou, em novembro de 1851, o plenipotenciário brasileiro Honório Bermeto Carneiro Leão com os representantes do Uruguai e das províncias de Entre-Rios e Corrientes, tendo por objetivo a destituição do elemento perturbador da paz sul-americana.
Um exército libertador, composto de argentinos, brasileiros e uruguaios, formou-se em consequência desse acordo, transportando-o a esquadra brasileira para a margem direita do rio Paraná, para isto tendo sido