OS FILHOS DO CONDE D'EU
O destino, que a Gastão de Orléans e Isabel, a Redentora, negou a satisfação de tantos desejos, compensou-os com a felicidade de terem possuído três filhos admiráveis, em tudo dignos de seus ilustres antepassados. D. Pedro, D. Luís e D. Antônio de Orléans Bragança, cada qual com seu tipo bem definido, física e intelectualmente, formavam uma trindade suficiente para contentar os mais exigentes pais, tornando-se, em pleno exílio, príncipes perfeitamente merecedores da realeza.
À educação que tiveram, bem como às inclinações pessoais de cada um, ficaram devendo esse aprimoamento de qualidades rácicas, nos verdadeiros fidalgos com maior facilidade perceptíveis. Os cuídados do Conde d'Eu, o exemplo de D. Isabel, a lembrança de D. Pedro II influíram, poderosamente, na formação do caráter dos três irmãos. Preparados para a vida em terra estranha, a saudade da pátria distante seria a permanente modeladora de seus sentimentos a ela relativos.
Patriotas, mais que pretendentes ao trono, afligia-os a situação em que se encontravam, de brasileiros impossibilitados de rever o território nacional. Apenas de bordo, sem ter obtido permissão para desembarcar, tentaria voltar ao Brasil, em 1907, D. Luís, assim obrigado a percorrer os países vizinhos, em que somente aspectos assemelhados aos nossos pôde encontrar. "Ao Brasil, pátria querida e sempre lembrada