Estudos de história imperial

do filho ausente" - foi a dedicatória por ele colocada em seu notável livro Sob o Cruzeiro do Sul. Com o ardor de quem realiza um antigo sonho, pôs-se D. Pedro a percorrer todo o país, em companhia da esposa e dos filhos, depois de revogado o banimento da Família Imperial, em 1920. Menos feliz que os irmãos, heroicamente morreria D. Antônio, oficial do Regimento de Reais Dragões Canadenses, em desastre aéreo ocorrido poucos dias depois do armistício de 1918, sem que tivesse podido voltar ao Brasil.

D. Pedro, como filho mais velho da Princesa Imperial intitulado Príncipe do Grão-Pará, de acordo com a Constituição de 1824, estava destinado a ocupar o trono imperial. De ânimo calmo, refletido, mais afeito à vida simples que às seduções da política, cedeu, em 1908, os seus eventuais direitos ao irmão D. Luís, dotado de maiores propensões para a difícil luta em torno da aspiração restauradora.

Consolidado o regime republicano, tornavam-se inúteis os planos porventura formados pela "mocidade temerária" do segundo filho dos Condes d'Eu. Era natural que os tivesse forjado, numa Europa então composta de tantas monarquias, como também se compreende que os suspendesse, ao estalar a guerra de 1914/1918.

Seus instintos políticos e literários aí cederam aos militares. O autor de vários livros de viagens, premiados pela Academia Francesa e pela Sociedade de Geografia de França(1) Nota do Autor, e o agitador político que a distância,

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