Folclore Goiano

entre si, para virem a formar a poesia de um povo jovem e o tema fecundo de belas criações literárias e artísticas de uma civilização original".(*) Nota do Autor

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Repisada assim a finalidade do Folclore, é doloroso constatar que neste assunto de pesquisas de nossas tradições, estamos na infância.

A longa enumeração de trabalhos folclóricos nacionais, que encontramos na bem informada obra de Basílio de Magalhães, O Folclore no Brasil, é realmente insignificante em relação à produção assombrosa de outros países.

Basta abrir o livro de François Bladé, Contes populaires de la Gascogne, 1º vol. pág. XIII, onde o autor precede uma lista de 38 trabalhos diferentes, não poucos de dois a três volumes, versando só o cancioneiro gaulês, desta declaração:

"Je ne prétends pas signaler ici tons les romanceros provinciaux publiés en France, depuis 1832 jusqu'à nos. jours. Voici du moin les principaux, suivant l'ordre cronologique". Isto nos mostra quanto de caminho temos que percorrer para possuirmos algum cabedal num único ramo de estudo folclórico. O campo é vastíssimo e imensa a seara. Operarii autem pauci.

Em Goiás, então, mais do que em outras partes. O pouco que possuímos, devemos à dedicação de meia dúzia de nomes. Americano do Brasil principalmente, que, além do Cancioneiro de Trovas do Brasil Central, obra folclórica de grande merecimento, publicou vários contos e lendas na revista Informação Goiana. Todos trabalhos de relevo pela erudição.

Ainda há pouco seu filho A. Americano do Brasil Júnior publicou uma coletânea sob o título Lendas e Encantamentos do Sertão. Outros livros valiosos de informação dos costumes goianos são Na Cidade e na Roça, do prof. Alfredo Gomes, rico em cenas e tipos

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