Nota V - Já entre as populações de Lesbos o agouro depende da direção para a qual a galinha está voltada quando canta como galo. Se está voltada para o Oriente - é presságio de felicidade para a casa; se está voltada para o Ocidente, de desgraça; neste caso a mata, e o chefe da família é quem deve comê-la porque seria a ele que se destinaria a desgraça. G. Georgearkis, ob. cit., pág. 353.
4 - Sapo morando debaixo da cama, a pessoa adoece. Se não for expulso o doente morre.
5 - Coruja piando nos arredores da casa pressagia a morte.
Nota 1 - Já entre os romanos ela predizia desgraças:
"Saepe malum hoc-nobis, si mens non laeva fuisset
De caelo tactes memini praedicere quercus
Saepe sinistra cava praedixit ab ilice cornix."
Virgílio, Bucólica, Égloga I.
6 - Quem mata urubu tem sete anos de atraso. O urubu em Goiás não é uma ave agoureira, mas azarenta quando ofendida, ou morta. Já entre os bretões, quando o corvo grasna voltejando junto uma casa, prenuncia a morte.
Coutumes Populaires de La Haute Bretagne. Pág. 150.
7 - Quando o gado faz marria em conjunto perto da casa, é mau agouro: o fazendeiro está para morrer.
8 - Beija-flor, quando adeja sobre uma pessoa está anunciando alguma notícia. Se é pardo, é de morte. Se é preto, notícia sem importância.
Nota I - No Território Missioneiro da Argentina, entre os Kaigagnes, - "el pica-flôr es considerado animal sabio." Quando voa perto dos ranchos, é indício de novidades. Ambrozetti, ob cit., pág. 60.
NOTA - A respeito da canção carnavalesca - "Quando o galo canta fora de hora, é moça roubada que vai dando o fora", encontramos na Andaluzia : "Cuando un gallo canta antes es senal de que si pierde una embarcación é una muchacha huy de sua casa." Certamente o trecho da canção se inspirou nesta superstição bem disseminada na Europa. El Folk-lore Andaluz. nº 91.