Plácido de Castro, um caudilho contra o imperialismo

Mas o Chanceler boliviano as recusa, terminantemente, repelindo a ideia de recomeçar "nuevas y dificiles investigaciones sobre un punto de limite ya deliberadamente establecido y definitivamente reconocido, tanto por parte de mi gobierno como por el del Brasil".(5) Nota do Autor

As demarcações prosseguem.

Foi o tempo de mudar de chefe a pasta dos Negócios Exteriores do Brasil. Assume agora a Chancelaria o General Dionísio de Cerqueira. E o seu primeiro gesto ao examinar a questão reduz-se a censurar a máscula atitude do Coronel Taumaturgo de Azevedo.

A demissão de Taumaturgo agita a opinião nacional, Ruy Barbosa à frente. Sacode-a com tamanho vigor, que o Ministro capitula e ordena que se suspendam as demarcações.

Como, porém, a Bolívia não se conforma com a interrupção dos trabalhos, o governo brasileiro manda que um outro elemento integrante da comissão até aí chefiada pelo Coronel Taumaturgo - o 2.° comissário, Capitão tenente Cunha Gomes - efetue "imediatamente a reexploração do rio Javarí".

E os trabalhos recomeçam, nos últimos dias de junho de 1897.

IV - BRAVATA DE ESPADACHIM

Na segunda metade do ano de 1898, representa a Bolívia junto ao governo do Rio de Janeiro um Ministro Plenipotenciário de fina habilidade e aguda inteligência. Nem por outro motivo teria sido escolhido, para aqui chegar como Enviado Extraordinário, o ilustre Dr. José Paravicini.

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