situação dos mais abertamente revoltados. Busca por todos os meios nobres conquistar a simpatia dos acreanos, que, aliás, o admiram e respeitam.
Mas a hostilidade contra as autoridades que encarnam a soberania boliviana manifesta-se a cada passo. Ora, na atitude de certos comandantes de navios mercantes, que não tomam conhecimento das novas leis aduaneiras. Ora, sob as mais diversas formas de desobediência às medidas de ordem instituídas pelo Ministro Paravicini.
Conspira-se apaixonadamente, em casa de Joaquim Vitor, o mais prestigiado proprietário do Baixo-Acre, residente em "Caquetá", nos limites da linha Cunha Gomes. E a conjura articula-se com tamanha rapidez que, em fins de abril, fica decidida a rebelião. Quem a chefia é o advogado José Carvalho (5) Nota do Autor, que acaba de regressar a Manaus: até onde fora, por comissão dos conjurados, a ver se conseguia o apoio do Governador do Estado, que não foi possível obter. Com a notícia que traz, de que por ali há uma total indiferença em relação à sorte dos acreanos, a revolta atinge o auge. Põem de lado todos os temores, antes sugeridos pelo próprio advogado, de que seu gesto possa redundar numa atitude contra o Brasil.
E deliberam desencadear o movimento.
Oito horas da manhã do dia 30 de abril de 1899.(6) Nota do Autor
À frente de uma dúzia de seringueiros, José Carvalho comparece à presença de Dom Moisés Santivañez. E fala-lhe com este destemor de espadachim: