instalando num ambiente já conturbado o bandoleirismo, que foi um dos fatores de manutenção da luta.
No trato das condições sociais, fomos levados à apreciação da vida política da região, que agravou o problema e a um demorado retrospecto da malfadada questão de limites entre os Estados do Paraná e de Santa Catarina, que criou o ambiente propício ao seu desencadeamento. Não pode, entretanto, aquele trato ser tentado sem colocarmos o homem no cenário natural próprio, sem atendermos aos fatores geofísicos, ao histórico do povoamento e à caracterização da sua cultura.
O problema da marginalidade decorreu não só dos traços fundamentais sobre os quais se levantou aquela cultura como de circunstâncias que abruptamente transformaram o aspecto econômico e social da região - e que foram devidamente pesadas e medidas, dentro das nossas possibilidades, no presente estudo. A questão de limites não pode ser tratada sem a exumação das suas raízes históricas. E o fator religioso, através da observação dos seus caminhos e filiações culturais teve de ser reconstituído, para a boa compreensão dos fenômenos verificados naquela área.
Uma parte foi reservada para o estudo das figuras dos Monges: - é que sobre os ombros desses homens tem recaído até hoje as responsabilidades maiores de todo o acontecido. Esta a orientação do presente trabalho.