da área litorânea. As serranias, de encostas por vezes abruptas, a pouca distância da costa e quase sempre dela visíveis, formam verdadeiro paredão caindo quase perpendicularmente sobre as terras do litoral.
Para o oeste, além do paredão, salvo uma ou outra elevação e algumas formações maiores, estende-se o planalto - e o terreno inclina-se a pouco e pouco, até os confins do estado.
A zona costeira é, na sua maior extensão, coberta por uma vegetação latifoliada úmida. À embocadura obstruída dos rios, contam-se os mangues. E, ao nível do mar, os terrenos arenosos e restingas cobrem-se da sua vegetação típica e característica.
A costa extensa abre numerosos portos, de norte a sul - à embocadura dos rios mais caudalosos, nas baías surgidas entre as ilhas e o continente próximo, no recôncavo das enseadas que o caprichoso recorte dos costões fundos amplia de distância em distância.
Os rios correm do fundo dos vales, recolhidas as águas que se derramam das escarpas das serras, rápidos, apressados, encachoeirados, espumando sobre as pedreiras iniciais dos seus leitos, até ganharem alturas menos acidentadas nas quais se espraiam para descer ao oceano. Nesta parte são navegáveis, muitos deles, por embarcações de pequeno porte.
Os vales são de incomparável beleza, pelo surpreendente recorte das suas fraldas e alcantilados, nos quais a luz toma todas as cambiantes. As suas terras são ubérrimas, contrastando com a pobreza das que marginam o Atlântico.
A região toda, que atinge a altura máxima de seiscentos metros, é quente e úmida, predominando nos primeiros meses do ano as grandes chuvas e trovoadas.
O planalto, para além das escarpas rochosas da Serra Geral, é a região de predominância da araucária, dos campos