Eu calculo essa porcentagem pelo que ficou estabelecido em relação ao referente ao dote da infanta D. Catarina, em 1660 casada com o rei da Inglaterra Carlos II Stuart e a paz da Holanda, celebrada em 1661.
Enquanto que o atribuído ao Brasil todo somava, quanto ao dote da infanta, a 200 mil cruzados, S. Paulo só, tinha que arcar com quatro mil cruzados. Esta importância a cargo de S. Paulo é 50 vezes menos que o total a cargo de todas as colônias brasileiras. O esforço de todas era 50 vezes o que se exigia das possibilidades paulistas.
Penso que essa proporção financeira seria a vigente para estabelecer a demográfica. É possível que me engane, mas, em falta de cálculos mais diretos, sou obrigado a buscar, em fonte subsidiária, recursos que me habilitem a chegar ao meu objetivo, que é calcular o que valia S. Paulo, demograficamente.
Aliás, os baseados em outros elementos, nos conduzem a igual resultado.
Se em 1660, o total tinha 184 mil, que é quanto consigna para o Brasil, Contreiras Rodrigues, atrás citado, o planalto, isto é, a Capitania Vicentina, teria 50 vezes menos ou sejam 3.600 habitantes.
Essa importância demográfica seria naturalmente acrescida pelos escravos que penso possam ser calculados à razão de três por habitante. Isso nos dará cerca de dez mil vidas para a capitania. Acredito não estar longe da verdade, isso calculando.