cem anos de 1600 a 1700, do que resultava um média anual de 5.200 escravos, para manter o total, pois a duração de cada escravo era de cinco anos em média:
Ora, as importações africanas feitas pelos holandeses em dez anos, acusava 23 mil escravos, de onde uma média anual de 2.300. Daí há um deficit de 1.900 escravos por ano. Onde iria o Nordeste buscar essa diferença?
No apresamento próprio, feito in loco? Mas o Nordestino não queria se ocupar senão do que dissesse respeito diretamente ao cultivo da cana-de-açúcar (José Honorio Rodrigues e Joaquim Ribeiro, loc. cit.). É claro portanto que a diferença no quantum da mão de obra na lavoura açucareira deveria ser suprida pelos apresamentos do planalto. Assim se o bandeirismo foi possível pelo Nordeste, que ofereceu consumo aos escravos apresados pelos paulistas, a lavoura de cana só foi possível devido ao bandeirismo apresador que lhe ofereceu braços baratos e abundantes.