Capítulos da história social de São Paulo

quanto que não tinha essa mesma norma de proceder para com o opulento nordeste do qual, graças ao seu aparelhamento fiscal e administrativo, arrecadava grossas somas de impostos etc. Essa disparidade de tratamento por força tinha que gerar consequências de natureza política ou administrativa, etc.

Essas regiões apontadas, sendo diferentíssimas em seus característicos e até antagônicas psicologicamente, de algum modo, entretanto era profundamente interdependentes.

Assim o planalto piratiningano, ainda que absolutamente em diversidade com o Nordeste açucareiro, tinha com esta região, ligações tais que uma não poderia subsistir sem a outra. Veja-se, por exemplo, se seria possível o bandeirismo paulista de apresamento sem o mercado de consumo para seus milhares de ameríndios escravizados? Roberto Simonsen no seu História Econômica do Brasil, calcula em 300 mil índios apresados pelos paulistas no seu ciclo despovoador. Onde teriam ido esses 300 mil escravos ameríndios?(372) Nota do Autor (373) Nota do Autor (374) Nota do Autor.

Por outro lado, segundo o mesmo Roberto Simonsen, loc. cit. o Nordeste açucareiro requeria 520 mil durante os

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