Já chegou o momento de se considerar a influência do Positivismo no Brasil como um fato social a ser encarado e investigado com o critério histórico idealizado por Tácito — "sine ira ac studio" — "sem ódio, nem amor", isto é, sem ranger de dentes e sem ditirambos apologéticos.
Sendo o fito deste ensaio "documentar com fatos", tão objetivamente quanto possível, o que haja sido a difusão do Positivismo no Brasil, muitos são os depoimentos que figuram em seu texto. Por outro lado, nenhuma de suas afirmativas deixa de ser acompanhada de competente prova. Numerosas serão, pois, as notas nele incluídas e o autor pode, a este propósito, repetir o que, em seu volume sobre Heloísa e Abelardo, escreveu Gilson: "Voici un petit livre plein de notes: elles n'en sont pas le style, mais elles en sont la probité".(2) Nota do Autor
Ao terminar este prefácio, quer o autor expressar o seu reconhecimento pela colaboração que lhe prestaram o Embaixador Paulo Carneiro, fornecendo dados e revendo o texto; o Professor João Cruz Costa, que apresentou preciosíssimas sugestões sobre a feitura do livro; o Embaixador Júlio A. Barboza Carneiro, os Drs. Antônio Caldas Coni, Dario Viotti, Rodolfo Paula Lopes, Luís Hildebrando Horta Barbosa, João Francisco de Souza, Lycurgo de Castro Santos Filho, Noêmio Wenniger, Alberto P. Jacobina, Nilo Bruzzi, Austregésilo de Athayde, Elmano Cardim, Josué Montello, Múcio Leão, José Wanderley de Pinho, Mário Aristides Freire, Paulo Mendes Vianna, Edgar de Toledo, Kosciusko Barbosa Leão, Fábio Egydio, Senhorita Guiomar Franco, Professor Maciel Pinheiro, Ministro Edgar de Arruda, Professor Tocary Bastos, Professor Joaquim Pimenta, Bernardo Perissé, Venâncio Neiva, Joaquim Modesto Lima, Carlos Ribeiro, Almirantes Álvaro Alberto, Alfredo B. Colônia, Alfredo Morais e José Frazão Milanez, que, ou forneceram elementos elucidativos, ou tiveram a bondade de ler o texto e emendá-lo.
Este agradecimento se estende à esposa e aos filhos do autor — Otávio Hildebrando, Sofia Beatriz e Edmundo Mário — pela solicitude com que acompanharam a penosa elaboração deste ensaio, que se prolongou por mais de sete anos, e, bem assim, à Senhorita Francisca Maria Fernandes pelo auxílio prestado em buscas e pesquisas em arquivos e bibliotecas. Entre tantos amigos, merece saudosa referência, por não figurar mais entre os vivos, Hugo Maia, bem conhecido em São Paulo e no Rio pelo seu amor às letras e pela dedicação e prazer com que estava sempre pronto a servir, contribuindo não só com as suas luzes, mas ainda com o grande círculo de suas inúmeras e valiosas relações pessoais no país e no estrangeiro.