Como mostrasse vivo desejo de ficar com os preciosos originais para a sua riquíssima brasiliana meu Pai lhos ofereceu.
Vivíssimos comentários provocou a divulgação da Fé de Ofício, analisada do modo mais violento pelo O País e o Diário de Notícias, que então representavam o pensamento do mais exaltado republicanismo.
Insinuações houve, e diversas, de apócrifa do documento, forjado, no dizer de alguns, por meu Pai, ou, pelo menos, por este manipulado a seu bel-prazer no fundo e na forma. Escreveu alguém então:
"Todos os jornais, ocupando-se da Fé de Ofício, ocuparam-se ontem do Sr. Taunay e tanto... tanto que até parece estarem a acreditar que o Sr. ex-senador foi quem a redigiu.
Não é exato. Há pessoas até que viram o autógrafo do ex-Imperador, e o ilustre presidente da Sociedade Central de Imigração é muito capaz de exibi-lo, para acabar com estas suspeitas de apócrifa".
Da Fé de Ofício fez meu Pai uma impressão em opúsculo da Tipografia de Leuzinger e Filhos, distribuída largamente pelos seus amigos, órgãos da imprensa, bibliotecas, etc.
Reproduzi este fascículo, na íntegra, no volume da sua póstuma subordinado ao título Pedro II e editado, em 1933, pela Companhia Editora Nacional.
Persistiu entre alguns, sobretudo desafetos da memória do grande Bragança, a dúvida sobre a autenticidade da Fé de Ofício.