Pedro II

com que a nação o acolheu, abrindo-lhe os braços, estreitando-o ao peito, como ao melhor e ao mais leal dos seus servidores, ao estremecido chefe de quem ela não tem tido senão motivos de orgulho e de glória, ao soberano que nunca derramou o sangue de ninguém, que virtualmente aboliu a pena de morte e que, após cinquenta anos de reinado, não tem um real de seu, ao passo que presidentes de república, em poucos anos de gerência, acumulam milhares de contos de réis e vivem em Paris, ou alhures, como nababos...

Digam o que quiserem, a monarquia tem profundas raízes em todo o Brasil. Não passa pois de um dito da moda o conceito posto em circulação, segundo consta, por ilustre prelado: \"Os dias da monarquia estão contados\" talvez sob a imediata influência das ardentes palavras de um companheiro do clero.

De que acusam, porém, a monarquia?

II

Afinal, qual a mais grave e persistente das censuras feitas à monarquia, nos larguíssimos decênios

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