Explicação
Este livro pretende contar a vida de Arnolfo Azevedo, que foi vereador municipal, deputado estadual, deputado federal e senador da República, no período que vai de 1892 a 1930. Sem floreios e com um mínimo de imaginação.
A criança igual a tantas outras. O adolescente rebelde, que já fazia versos e compunha músicas. O acadêmico de Direito, mais amigo das musas do que das letras jurídicas. O político municipal, que desde logo demonstrou ser um municipalista convicto. O deputado estadual, que não titubeou em renunciar ao seu mandato, por um dever de consciência. O fazendeiro progressista, que transformou antiga fazenda de café numa propriedade revigorada pela policultura.
Mas, principalmente, o parlamentar que, durante 27 anos, representou o Estado de São Paulo no Congresso Nacional: na Câmara dos Deputados, através de oito legislaturas sucessivas, e no Senado, por um triênio. O parlamentar que não possuía dotes oratórios, mas que produziu incessantemente e dignificou seu mandato, no seio de comissões legislativas, onde se impôs como constitucionalista. O austero deputado que, durante seis anos, presidiu a Câmara Federal como um magistrado e lhe deu casa própria - o Palácio Tiradentes. O senador que liderou a maioria do Senado Federal e presidiu sua comissão de Finanças. O homem público que, lenta e gradativamente, acabou por se incluir entre os líderes da política nacional, na etapa final da Primeira República.
E, também, o chefe de família (de numerosa família), o esposo, o pai, o avô, na singeleza de sua vida íntima.