Da cinza e do sal
O relacionamento da cinza com o sal vem exposto no mito Monan dos Guarani:
"Ils disent que la mer est ainsi amère e salée, comme nous le goustons, pource que la terre estant redigée en cendre, par la combustion qu'en avoit fait le feu envoyé par Monan, causa ce mauvais goust en ce grand amas de Paramam et la mer courant alentour de la terre".(1) Nota do Autor
Da antropofagia mitológica
"Pior foi ainda quando apareceu na própria aldeia um gigante de nome Nheti que matava crianças, comendo-as às vista das mães."(2) Nota do Autor
"Quando elles [os Uerekena] chegavam na ilha do Tabaco, os Dessanas e Araras começaram a vigiá-los. Por cima das árvores, contam, elles esperaram os Uerekenas. Quando os Uerekenas chegaram junto d'elles, elles frecharam dois. Os Uerekenas disseram logo em seu coração que os haviam de matar para comer, para assim vingar seus parentes. Elles foram, por isso, caçar pelo mato seus inimigos. Nesse mesmo dia acharam tres homens, assaram, comeram. Gostosa, contam, acharam eles essa carne de gente, por isso mataram mais no andar do dia para mantimento. Foi assim, contam, para os Uerekenas começarem a comer gente."(3) Nota do Autor
A repulsa à endofagia (antropofagia entre membros da mesma tribo) vem revelada num mito pedagógico: o de Amki (provavelmente um símile de Nheti), que foi morto porque devorava os meninos de sua própria tribo.(4) Nota do Autor