Fragmentos de cerâmica brasileira

Cerâmios da Costa do Paru

Outro cerâmio foi encontrado acima da foz do rio Trombetas, distrito de Óbidos, e visitado por Barbosa Rodrigues e Ferreira Pena; estendia-se por uma distância de duas milhas, ao longo da chamada costa do Paru.

É menor que o de Miracanguera e igualmente abundante de vasos de barro fino, porém mais rico em ornatos.

Forte da Barra

Luciano Pereira da Silva(1) Nota do Autor nos informa que não longe de Manaus, junto às ruínas do forte da Barra, foram encontradas centenas de grandes urnas de barro, elegantemente desenhadas, que encerravam corpos acocorados.

Comparação das descobertas arqueológicas da bacia do Amazonas umas com as outras e também entre elas e os produtos das civilizações vizinhas(2) Nota do Autor.

Se compararmos umas com as outras as peças arqueológicas, alguns espécimes das quais são apresentados aqui, cremos que se poderá sobretudo distingui-las como provenientes de duas grandes civilizações, uma das quais se caracterizaria pelo sepultamento em urnas e a outra, pelo enterramento direto no solo ou pela absorção estomacal de ossos pulverizados(3) Nota do Autor.

Verifica-se o sepultamento em urnas na ilha de Marajó, na costa da Guiana, ao norte da embocadura do Amazonas, às margens do mesmo rio, bem como dos rios Negro e do Japurá, no mound Hernmarck (Mojos, Bolívia), na camada superior do mound Velarde (Mojos, Bolívia), na altura dos rios Guaporé e Beni.

O enterramento direto no solo é praticado no mound Velarde (camada profunda) e no rio Beni; esta era também a maneira típica de enterrar nas Antilhas.

A absorção de ossos pulverizados pertence a uma parte da bacia Amazônica e este procedimento provavelmente também era corrente em Santarém.

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