Ensaios brasileiros de história

inspeções e correições em diversas Faculdades que então começavam a surgir no País.

No Conselho Nacional de Educação, criado pela reforma Francisco Campos, e que substituiu o antigo Conselho Nacional de Ensino, da chamada Lei Rocha Vaz, Lacombe teve ocasião de conviver e tornar-se amigo de vultos eminentes da intelectualidade brasileira de então, como Miguel Couto, Reinaldo Porchat, Joaquim Amazonas, Isaías Alves e Inácio Azevedo Amaral, além de Aloísio de Castro, que dirigia o Departamento Nacional de Educação. E ainda hoje se lembra do respeito que cercava os membros do Conselho, sobretudo Miguel Couto, ouvido sempre com a maior atenção e em absoluto silêncio.

As preocupações intelectuais e o gosto do estudo levaram-no a fazer, na Faculdade em que se diplomara, o curso de Doutorado, concluído em 1933.

Em 1935 casou-se com Gilda Masset, tendo tido o casal cinco filhos: Américo Lourenço, Francisco José, Luís Antônio, Mercedes e Eduardo.

Já nessa época lecionava História (Geral e do Brasil) em colégios desta cidade, como o São Bento, o Santo Inácio, o Jacobina e o Sion e, em nível superior, na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras do Instituto Santa Úrsula. Levado pelo líder do laicato católico — Alceu Amoroso Lima —, participou do grupo que lançou as bases da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, onde, a partir de 1941 e até 1968, lecionou História do Brasil, sendo hoje Professor Emérito desse educandário.

Deixando a Secretaria do Conselho Nacional de Educação, passou, em 1939, a Diretor da Casa de Rui Barbosa. E a escolha do Ministro Gustavo Capanema não poderia ter sido mais acertada, pois Lacombe, ligado ao Conselheiro por laços de parentesco — sua avó materna era Barbosa de Oliveira — desde os bancos acadêmicos se revelou um ruísta apaixonado, como demonstra o artigo acima referido, publicado na Revista de Estudos Jurídicos. Aliás, já em 1934 havia prefaciado e anotado a correspondência do grande brasileiro, reunida no volume Mocidade e Exílio, aparecido na Coleção Brasiliana da Cia. Editora Nacional, de São Paulo.

Como Diretor da Casa ficou até 1966, ocasião em que se dá a transformação desse órgão do antigo Ministério da Educação e Cultura em Fundação, para cuja presidência é nomeado e em cujo exercício se encontra até hoje. Durante esse período, só se afastou em duas ocasiões: de 1959 a 1960, para exercer o cargo de Secretário de Educação e Cultura do antigo Distrito Federal, na administração do Prefeito Sá Freire Alvim, e de 1962 a 1963, quando foi chamado a dirigir a Casa do Brasil em Paris.

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