as energias da raça nortearam-se para o solo, do qual nos vieram os dias mais felizes da nacionalidade, e ainda nos virão décadas sucessivas de beneficiosa prosperidade.
O reconhecimento tácito, talvez não propositado, mas inevitável e lógico, dessa supremacia da agricultura no desenvolvimento do país, está no fato, que não deixaremos passar desapercebido, de haver ficado, como órgão central das comemorações da nossa emancipação política, o Ministério da Agricultura.
Importa isto numa homenagem desestudada, e por essa razão ainda mais valiosa, a essa classe benemérita, cuja longa jornada toda se assinala, através dos séculos de sua existência, por sacrifícios sem conta, entregue aos seus próprios destinos, sugada e exaurida pelo fisco, abandonada às crises econômicas como à ingratidão das surpresas meteorológicas.
Não será demais que nos associemos, aqui, a esse preito, determinado pelos desígnios do destino, à agricultura nacional. País novo, raça que ainda se caldeia na mescla e na fusão de vários sangues componentes, povo que se faz ativo, fecundo e prático, sem sacrificar o ideal, temos um passado comum com um outro povo, e fundamentos sociológicos idênticos aos de diversos. Temos, porém, uma projeção diferente de nossos destinos, uma singular missão a cumprir no continente. Não podemos, daí, copiar as velhas nações no seu feitio, nas suas doutrinas, na rigidez de seus processos. Devemos, pelo contrário, ainda quando errados ou mal avisados nos nossos rumos e propósitos, falar a linguagem forte, vivaz, ardente e apaixonada da juventude viril.
Neste particular, os povos e os indivíduos confundem-se. Um jovem, grave e refletido como um ancião, preocupará sempre os seus coetâneos, porque, sendo da mocidade o ardor, o ímpeto, o assomo, o arrebatamento, e da velhice as longas reflexões, o desânimo e o ceticismo, aquela juventude sem fogo bem pode ser capitulada de uma senilidade precoce. Assim também os povos novos, que se apresentassem na cena do mundo com