coisas não estava mais adiantada do que nós. Lord Chatam em economia era da força dos nossos ministros".
Assim se manifestaram sobre as origens das duas grandes colônias da América escritores portugueses.(18) Nota do Autor
Claro está que dessa gente, governada por soldados e marinheiros afeitos em regra à violência das conquistas, não podia sair um documento como aquele que saíra das mãos dos peregrinos britânicos, nem um regímen semelhante ao que se implantou nas colônias inglesas da América.
Não é que todos os colonos britânicos fossem modelos de moral e cidadãos preocupados com a justiça e com o dever, tanto quanto com a liberdade. Deles pôde escrever com propriedade o Sr. Augusto de Carvalho:
"Nem todos, porém, eram do mesmo quilate, compreende-se; e as perturbações que mais tarde surgiram, entorpecendo a espaços o desenvolvimento daquelas nascentes povoações, atestam à evidência que, de mistura com os bons, se transportaram também para ali alguns caracteres depravados e incorrigíveis, que a civilização mui dificilmente tem espungido de si".(19) Nota do Autor
Mas, enquanto no Norte esses elementos não constituíam a "maioria sã, leal e laboriosa", e tinham contra si o aparelho legal a que a maioria se subordinava, aqui, afastados da justiça civil organizada, não defrontavam, perdidos nesta vastidão do território, para refreá-los, com o sistema efetivo de legalidade estabelecido na mãe-pátria.
Haja vista o que, a respeito da lamentável situação de São Vicente, escreveu o padre Leonardo Nunes, e ainda quanto refere o historiador Fortunato de Almeida.(20) Nota do Autor