Iriam diretamente da África, ou procederiam do reino, que por este tempo já os possuía em grande quantidade?

Reina completa escuridão sobre este ponto."(32) Nota do Autor

Bastam estas linhas para evidenciar a que longes, nas pesquisas históricas, nos teria de levar esta questão das origens da escravatura africana em nossa pátria.

O Brasil era uma imensidade para que Portugal o pudesse povoar.

Quando começou a conquista, a população do reino era, segundo Capistrano de Abreu, de um milhão cento e vinte e dois mil habitantes.(33) Nota do Autor

22 anos depois da descoberta, ainda ninguém queria vir de Portugal para aqui, expontaneamente. E, conforme Varnhagen, (História do Brasil) a superfície a povoar, das capitanias, já distribuídas a Duarte Coelho, Pero Lopez de Souza, Francisco Pereira Coutinho, Jorge de Figueiredo Correa, Tourinho, Barros, Cunha, Vasco Fernandes Coutinho, Martim Afonso, Pero de Góes, Fernan d'Alvares de Andrade e Antônio Cardoso de Barros, era de 59.600 léguas quadradas. Mas este cálculo, como sustentam Rocha Pombo e Jonathas Serrano, estava errado. Os lotes da terra distribuída deviam contar para mais de cem mil léguas quadradas.(34) Nota do Autor

Em 1532, quando Martim Afonso lançou os lineamentos de São Vicente, o que existia era um punhado de feitorias militares pela costa, a que, na frase interessante de Fr. Vicente do Salvador, dois séculos mais tarde, os portugueses ainda se apraziam de arranhar, como caranguejos.