Pontos de partida para a história econômica do Brasil

Duas palavras

(Da primeira edição)

Em outubro de 1921, o eminente brasileiro Sr. Dr. Miguel Calmon, Presidente Perpétuo da Sociedade Nacional de Agricultura, reclamou os meus serviços para a realização do estudo que deveria figurar como introdução a um trabalho sobre a economia rural do Brasil, e cujos capítulos, referentes às múltiplas especialidades em que se desdobram a agricultura e a pecuária, caberiam a especialistas, vultos estimáveis pelo seu saber e pela sua dedicação a esses assuntos. Aleguei a S. Exª. a precariedade do tempo, e com ela a de minha saúde, abalada por um esforço sem tréguas de ordem material e intelectual. A nada quis atender S. Exª., para quem nem sequer valeriam os repetidos avisos que lhe fiz da inópia de meu cabedal histórico e científico. Só me coube obedecer a essa vontade, agradecido a sua bondosa confiança e cativo do conceito assim externado pela notável associação, de que é chefe, a meu respeito.

Desde janeiro de 1922 dedico o melhor de minhas horas de trabalho a esta obra. Se a história do Brasil ainda está por escrever na sua parte mais atraente e mais fácil, a dos acontecimentos políticos, apesar dos notabilíssimos ensaios dos Capistrano e dos Rocha Pombo, dos Vieira Fazenda e João Ribeiro, dos Araripe e Theodoro Sampaio, dos Varnhagen e barão de Studart, dos Mello Moraes e Felisbello Freire, dos Pereira da Silva e tantos outros historiadores antigos e modernos, a econômica estava pedindo, e

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