ocultou-se sob o pseudônimo de James George Semple Lisle".
Onde foi buscar esta asserção, não conseguimos verificá-lo.
As quatro edições da Enciclopédia Britânica que pudemos consultar nada inserem em seus verbetes relativos às proezas, à obra, sequer ao nome de Semple Lisle. No grande Larousse, no Nouveau Larousse Illustré, na Enciclopédia de Espasa, em The Americana, nada achamos sobre James George Semple Lisle, que, segundo a própria declaração por vezes repetida, era escocês e montanhês, orgulhava-se de ser caledônio e highlander.
Examinou Yan de Almeida Prado, com grande atenção e curiosidade, o volume que teve a gentileza de nos confiar, comunicando-nos a sensação que da leitura lhe ficara: é livro de amalucado e impudente mentiroso, se não de notável fantasista.
Realmente, cabe-nos a impressão de que o autor britânico deve ter sido um desses desequilibrados e desavergonhados a quem não coubera por sorte a integridade dos enormes recursos de energia e inteligência necessários para o desempenho do papel que intentara desempenhar.
Entre a gente de sua laia é muito frequente ocorrerem disparidades que lhes perturbe o curso dos almejadíssimos escopos da desapoderada ambição. Obedecem a alternativas de explosividade e retração, de audácia e receio. Falta-lhes o equilíbrio das faculdades, indispensavel à continuidade da ação e à conquista do triunfo.