Visitantes do Brasil colonial (séculos XVI-XVIII)

Ruidosíssimo processo seguira-se que à opinião inglesa apaixonara, com alternativas das mais graves sentenças.

Assim, em 1776, vira a Duquesa surgir um julgado da Alta Corte que, considerando-a captadora e falsificadora do testamento do velho Duque, a condenava a ser ferreteada, pelo carrasco, na mão direita!

Invocando o privilégio de mulher nobre, obtivera porém a anulação de tal sentença e afinal, depois de longos e rancorosos trâmites, a aprovação do inquinado testamento.

Era uma mulher terrível esta Elisabeth Chudleigh! Inteligentíssima, senhora dos mais variados dotes de sedução, intriga e falsidade, sabia fazer valer as pretensões com a mais notável habilidade e proficiência.

Não só na Inglaterra contava as mais prestigiosas relações. Mantinha com numerosas personalidades, das mais ilustres e altamente colocadas na Europa, amizades valiosíssimas.

Assim era do peito de Frederico o Grande, e a afinidade de espírito, temperamento e processos a aproximou, muito, da mais poderosa e ilustre das aventureiras de seu tempo, Catharina Segunda, da Rússia imperatriz famosa, que se não falsificara o testamento do pobre-diabo do marido muito provavelmente, e com a maior frescura, ajudara a expedi-lo ad patres. Se é que lhe são provocara tal expedição, misteriosa e sumária.

Numerosas afinidades de espírito deveriam existir entre Elisabeth Chudleigh e o nosso jovem escocês que

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