Visitantes do Brasil colonial (séculos XVI-XVIII)

da Chudleigh. Despacharia depois uma e outra para possivelmente vir a ser o imperador consorte, da mão esquerda, de todas as Rússias!

Certo é que a Kingston não apreciou, de modo algum, a ideia da presença da pobre Mrs. Semple Lisle, na Rússia, ao lado do rapagão seu marido.

Prosseguindo na narrativa de suas façanhas, noticia o escocês que, passando pela cidade de Riga, ali promoveu formidável escândalo. Revoltado com os processos "indignos de um oficial britânico" — de certo Sauvage, oficial hanoveriano, agente do governo inglês e recrutador de mercenários para a luta contra os americanos do Norte, deu-lhe tremenda surra, e à mulher, virago que acudira a defender o marido.

Preso então conseguiu reaver a liberdade, graças à influência de fortes negociantes ingleses de Riga a quem vinha recomendado.

Assim pôde partir para Narva e encontrar-se com a Duquesa de Kingston, enquanto a mulher de Sauvage ia a Petersburgo apresentar queixa a Catharina II. Viagem inútil entre parênteses, pois ali chegara a pobre, em petição de miséria, semigelada pelo terrível frio, então reinante, e nada alcançara.

Entrando em Petersburgo, conseguiu Lisle não só a absolvição do seu brutal procedimento como a expulsão do casal Sauvage. O Embaixador, Sir James Harris, arranjou-lhe logo com o Príncipe Potemkin uma comissão de capitão do Exército russo.

Visitantes do Brasil colonial (séculos XVI-XVIII)  - Página 163 - Thumb Visualização
Formato
Texto