Partiu o nosso aventureiro a comunicar o fato a sua protetora, que o recebeu muito malsatisfeita do êxito da pretensão: "Compreendia eu, perfeitamente, o que de mim queria ela, esclarecendo o mistério de seu interesse."
Não tardaria que brigassem, e muito. Mantivera por algum tempo a Kingston, em cárcere privado, uma francesa de seu séquito, certa Madame de Porquet, irmã de um diplomata. Conseguira a pobre mulher fugir e forçar a perseguidora, por intermédio do Embaixador francês, lhe pagar seiscentos ducados de indenização. Incumbira Elisabeth Chudleigh, então, a Lisle de levar a sua recém-tiranizada ex-dama de companhia até Dantzig, onde aliás se achava Mrs. Lisle.
Foi o que o nosso herói fez, mas como Potemkin lhe ordenasse a partida imediata, para o Chersoneso, seguiu para Petersburgo, a receber as ordens imperiais e continuar para o sul da Rússia, sem voltar à casa da Chudleigh.
Intrigou-a ela com a mulher, desenvolvendo nesta ocasião "toda a hipocrisia de que era capaz".
Pretende Lisle, que muito o afligia a ideia de deixar a esposa e os filhos, "ternamente amados", sob a dependência de uma sujeita capaz de fazer o que com a infeliz Madame de Porquet obrara.
Assim, pediu licença para passar pela casa da ex-protetora, a fim de regularizar a situação dos seus. Queria que a família se isolasse do contato com a antiga amante de Jorge II.