Arranjando dinheiro, foi liquidar o caso, mas, neste ínterim, a jogar, perdeu o que tinha de seu e mais a ajuda de custo recebida do Tesouro russo, conta com o maior cinismo. Felizmente, valeu-lhe a proteção do Embaixador inglês.
Quando se viu em presença da Duquesa, começou ela a entrevista por "verdadeiro dilúvio de lágrimas e queixumes". Queria ele privá-la de sua única companhia. Vendo-lhe depois a inabalável resolução, prosseguiu, "numa torrente de impropérios, dignos de uma praia de peixe, acabando por mandá-lo para o diabo que o carregasse".
Ia continuar a viagem quando soube que a Duquesa proibira que lhe dessem cavalos e passaporte.
Declarou ao postilhão que tudo arranjaria, mesmo que para tanto se valesse da violência.
Lembrou-se então de que em poder de Elisabeth ficava um documento de que tão má mulher podia lançar mão: o recibo da quantia por ele paga a Madame de lPorquet.
Exigiu o papel e a Duquesa negou-se a dá-lo; declarou-lhe então que iria a sua casa apoderar-se de seu cofre de joias, como garantia, e ela, intimidada, mandou-lhe então o documento exigido.
Destarte nos conta o burlão tal caso. Há porém veementes indícios de que não se passou assim exatamente. Afirma positivo um cronista de Catharina II que a cousa foi inteiramente diversa. Assim, ele, Semple, à testa de uma escolta e à noite, arrombara a casa da Duquesa