e dela extorquira dinheiro, motivo que levara a sua ex-amante a queixar-se severamente à Imperatriz.
Seja como for que se haja arranjado, partiu o nosso escossês para o litoral do Mar Negro, ao encontro de Potemkin, que, apenas o viu, lhe mostrou a terrível carga contra ele feita por uma carta da Kingston.
Pretende Semple que o favorito de Catharina II o autorizou a responder à sua nova inimiga, laconicamente atrevido: "Senhora, tive a honra de ler a sua carta a Sua Alteza, por ordem de quem me assino seu muito afeiçoado criado. — J. G. Semple Lisle."
Foi Lisle logo depois posto à testa de um corpo internacional de refugiados na Rússia: Les corses expulsés, em que predominavam os corsos antifranceses, gente insubordinadíssima e endemoninhada que lhe deu enorme trabalho e de quem abafou várias revoltas.
Na Crimeia, encontrou o famoso Suwaroff vários ingleses ilustres ao serviço da Rússia, como Mackenzie, Taite, Ramsay, o Conde de Balmain etc. Gaba-se Lisle de haver promovido a reforma geral dos uniformes do Exército russo "inventando figurinos de magnífica elegância e que agradaram imenso".
Com a máxima satisfação contemplou aquele enorme Exército todo fardado como ele ideara e quisera, numa lindíssima parada geral, em que se manteve sempre ao lado do Generalíssimo Potemkin.
Pouco, porém, permaneceu Semple Lisle na Crimeia. Voltou em princípios de 1784 a Petersburgo, passando pelo campo de batalha de Pultava, onde muito o impressionou